domingo, 25 de dezembro de 2011

Amizade

As pessoas acertam quando dizem que a gente dá valor mesmo quando perde.
Meu Deus... Acho que só quem tem algo como eu faz noção do que é... Da FALTA que faz.
De ter alguém pra partilhar segredos, pra rir de coisa alguma, pra cometer o pecado de ficar reparando na vida alheia. Pra fazer nada e fazer desse nada, a melhor coisa possível a se fazer.
E é, cada dia passando longe das minhas amigas que eu vejo COMO vocês me fazem falta.
Família também faz falta, é claro, mas com a família a gente sempre tem aquela sensação de que aconteça o que acontecer, o vínculo sempre existirá. É sangue!
Amizade não. Amizade é um laço que duas pessoas querem manter porque precisam de alguém que as compreenda. Compreenda mais que um namorado e exija menos que um pai, e que lhes dê aquele 'carinho de amigo'.
Mas não me preocupo tanto que essa falta momentânea vire uma ausência, porque, pra mim, vocês já são "sangue". Independente de qualquer teste de maternidade.

sábado, 3 de dezembro de 2011

∃rros

Acho que é a adrenalina de correr o risco ou a emoção do "proibido"...
Não sei definir... Mas, por algum motivo o mesmo filme se repete.
Juro que nunca quis decepcionar, mas também nunca acreditei que seria perfeita.
Nunca quis magoar, mas também nunca sonhei com os finais felizes.
Choro pela frustração.
Choro pela dor.
Choro pela tua.
Choro pela falta de abraços entrelaçados por confiança e sorrisos de cumplicidade.
Te entendo. Assumo minhas burradas e confesso que queria ser sempre o motivo do seu sorrir, mas... não sei definir...
Pra falar a verdade, nunca esperei que perdoasse meus erros, mas apenas que você entendesse que eles fazem parte de mim.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Liquidificador de tudo

Crucifixo de meu orgulho soberbo.
Faz de mim impulsiva,
quando nada quero além de satisfação.
Vive o sol que se opõe ao poeta. O poeta faz palavras...
E de mil palavras enchem-se versos.
Coisas nenhumas me mostram raiva, ódio e aborrecimento meus.
Quando sozinha me vejo,
aprendo a viver sem esse sol.
Convivo com meu desespero sarcástico,
que faz de mim pedras numa caixa de tesouros.
Tento. Não consigo. Mudo. Desfaço. E muda, volto a errar.
Mas tenho alma de criança!
Pôr fim, faço um laço com fita dourada e prendo no cabelo.
E saío por aí, feito menina que está sempre feliz.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Não é suficiente

A vida te exige ser melhor a cada dia.
VOCÊ se exige.
Nunca há auto-confiança suficiente. E quando há, não demora muito para você perceber que é impotente.
Dentro de você ecoa que não está apta e que não é boa o suficiente.
Por um segundo desiste e desacredita de tudo.
Pensa o quão "normal" e nada especial você é.
Parece que sempre o que você quer é o mais difícil.
O seu sonho está sempre mais longe...
Para os outros tudo é tão fácil, não é?!
E aí, você já não sabe mais se acredita nas ilusões que o mundo te oferece ou na sua incompetência.
E pensa: "Será que eu posso? Será que eu devo seguir adiante? Será que vale a pena? Será que isso é pra mim?"
Você já é tão pouco para conseguir, não é mesmo?!
Fácil é dizer: "Siga em frente. Não desista dos sonhos".
Mas nada disso faz sentido, quando na sua vez, parece que os sonhos desistem de você.
Mas eu realmente tenho muita esperança... E enquanto ainda restar uma pontinha dela, eu vou continuar tentando... Espero eu, nunca desistir.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Num desses chacoalhões

Num dia bem, no outro nem tanto.
Mal, fraca, incapaz.
Precisando de alguém pra tudo.
Seu reflexo no espelho é abatido feio e pálido.
Era o que eu precisava.
Só mesmo com um chacoalhão desses para lembrarmos...
Lembrarmos de que não somos nada. Nada além de insignificantes.
De que existe alguém muito maior que nós.
E pra vermos que as pessoas a nossa volta, realmente estão ali porque nos amam e se preocupam.
Pra gente perceber que pedimos todos os dias coisas tão superficiais e esquecemos de agradecer ao que realmente importa.
Aquilo que nos ergue. Nos move. Nos faz ser quem somos.
O essencial vira comum e o superficial necessidade.
Distorcemos a realidade e nos ocupamos com as besteiras.
E é em cada queda que refletimos e lembramos disso.
Por isso, obrigada por mais uma queda, Pai.
E antes de mais nada, obrigada pelo essencial.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Hoje sou interrogação

Eu te vejo de um jeito. Você me convence de que estou errada.
Você muda meus conceitos.
Faz da minha cabeça um turbilhão.
Dá uma nova esperança ao que eu já dizia ser incrédula.
Assim, faço-me indagações. Ponho-me a refletir e resgato do meu interior, um lado meu que há tempos andava abandonado.
Esperando o momento certo para voltar a fazer parte de mim.
Achei que era o momento certo. Seria se realmente fosse. Hoje sei que não era.
Depois de me refazer com uma nova visão, depois de um choque de maturidade,
você tropeça nas próprias palavras e se contradiz nas próprias idéias.
Deixa-me feito Natal sem presente ou criança sem doce.
Aconselham-me a não acreditar nos versos prontos e nas minhas aparentes "mudanças", que por muito tempo fizeram-me iludida.
Sobrou-me o balde com a água mais fria. E sem mais nem menos, me encontrei encharcada e com frio.
Hoje desacredito no que dizem os que querem te derrubar, porém retorno a minha mesma incredulidade e volto a te ver do mesmo jeito que te vi pela primeira vez.
Me pergunto no que acreditar. Há quem dar a razão? Em quem confiar?
Vejo-me sem respostas e a procura delas.
Esperando que algum vento bom me sopre um significado para tudo isso.
Ou, que pelo menos me arraste de vez para o tornado de dúvidas.
Porque hoje, já não sei nem mais onde estou.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Devaneios

Brinco de me confundir.
Quando acho que me conheço, me surpreendo ainda mais com uma nova verdade, que me aparece escancarada, com o sorriso mais cara-de-pau que pode existir, e que sem dó nem piedade me deixa ainda mais longe de conseguir me entender.
Vejo minha consciência tentando iludir meu coração.
Minha razão agora, já é leviana.
Sinto angústias de nenhum sofrimento e nostalgia das lembranças nunca existiram.
Me frusto com histórias inventadas.
Com meus contos de fadas sem final feliz.
Me abalo com ilusões que eu mesma crio. Mesmo sabendo que são só ilusões.
Me perco dentro do meu próprio labirinto, pensando que...
Talvez não passe de um grande invento.
Talvez não passe de um sonho contado, ou de um conto sonhado.
Talvez seja só um borrado de um papel em branco, ou o título de um texto que ainda não foi escrito, talvez nunca seja.
Mas em meio a minha fantasia, faço das minhas loucuras, lucidez. E da minha incerteza, verdade.
E cada vez mais me vejo manipulada por mim mesma, pelos meus devaneios.
Mas ainda assim acredito.
Penso que nenhuma loucura pode ser tão insana quanto a minha própria realidade.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Desabafo

São milhares de sentimentos que não sei definir...
É uma angústia que me rasga a garganta a cada olhar, vendo fundo, teus anos de dedicação e as tantas expectativas, as quais, eu mesma pus fim.
Uma culpa que assumo, por tudo o que queria que sempre desse tão certo.
Uma culpa pra me convencer de que tudo ainda vai ficar bem, e que só não ficou ainda, por MINHA culpa. Culpa minha.
É uma tristeza que me sufoca, me deixando sem ar. Agonizante.
É o silêncio de um coração que se esgoela, tentando ser ouvido. Um silêncio por cautela.
Uma cautela que te faz sofrer.
Mas o que fazer, quando a única coisa que ainda sei agora, é evitar teu mal... E tudo o que faço, age justamente ao contrário. Te deixa, cada dia ainda mais no fundo do poço, que hoje digo: Fui eu quem o construí e deixei-a entrar.
E me deixo também entrar.
E mais uma vez, te mostro meu melhor sorriso. Tu não enxergas. Mas ele é feito de mágoas guardadas e nunca ditas, porque - sentimentos não podem ser demonstrados -, dizem-me as minhas máscaras.
É um semblante de força, de alguém que, acredite, está em destroços.
Talvez seja por isso que eu negue tanto os meus sentimentos, por vergonha de mostrar que sinto, que sofro, que choro, que me abalo.
E aí, até eu mesma começo a achar que estou imune a mágoas e dores, até a hora que a queda é maior que o planejado e você percebe que ainda vive e, como gente, ainda sente.
Tentando disfarçar, te mostro um olhar determinado de alguém que nem sabe qual é o caminho.
É como se nesses momentos eu tivesse uma irmã, mas me sentisse como filha única.
E é duro demais te ver se doando tanto e esperando sempre o mesmo de mim, mas tu não entendes que meu sangue não é desses compatíveis pra qualquer pessoa e que eu morro de medo das agulhas. Mais do que da tua incompreensão, mais do que da minha frieza e mais do que dos nossos afastamentos.
Eu juro, que nascia de novo pra não te fazer chorar, mas eu sempre fui assim meio torta, meio errada, meio o que tu nunca quisestes e nunca aceitastes. Eu sempre fui assim.
Sabe, mãe, eu já me acostumei a não ser nem de longe o que tu sempre sonhastes. Eu já me acostumei a ser a tua decepção e não, a tua felicidade.
Eu só queria que tu entendestes que eu erro te amando e sem saber o que fazer com tudo isso que sempre fica nas minhas mãos: esse meu orgulho e essa minha ignorância de quem erra sem perceber porque erra com o coração.

sábado, 24 de setembro de 2011

Máscaras

São máscaras. Acredite.
São máscaras de alguém sem coração, arrogante, autoconfiante, sem dias ruins.
São máscaras de prepotência, de rancor, de alguém forte.
Mas que bobagem! São só máscaras...
Máscaras de algo que eu mesma quero me fazer acreditar.
Porque esconder, é tão mais fácil que mostrar...
E por muito tempo me escondi de trás delas, acreditando na minha própria mentira.
Jurando ser eu ali. Mas não era.
Não é.
Mas máscaras algum dia acabam, e deixam de esconder nosso fracassos.
E por mais que eu não queira ser o que sou, ou sentir o que sinto, as coisas vêem.
Simplesmente vêem.
É espontâneo, inerente e já não consigo mais aprisionar tanto dentro de mim.
É uma lágrima que cai sem que eu permita.
É uma esperança que insiste em permanecer.
É uma tristeza que tento não sentir.
E minhas máscaras já estão pequenas demais. Velhas demais. Repetidas demais.
E já não consigo mais me enganar como antes.
Me sinto cada vez mais próxima do fim do show e mais longe dos aplausos.
Vejo que está chegando a hora de abandonar o palco e o personagem, e enfrentar os problemas de verdade. Sem textos decorados e sem deixas programadas.
A cada dia sou obrigada a deixar um pouco mais de todas essas máscaras de lado.
Até porque... Elas caem!
E logo, sobrará só eu. Sem máscaras, sem fingimentos, sem esconderijos.
E aí, EU, verei que sou tão fraca, frágil e pequena quanto os outros todos.
Pena que eu ainda tenha medo de tirar a maquiagem e encarar que a perfeição é só no palco, e que a vida da atriz não é tão bonita quanto a da personagem com suas máscaras.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Porque é você

Faça-me chorar,
Faça-me sofrer,
Faça-me torturas psicológicas,
Faça-me pensar que fui um erro,
Faça-me me arrepender de tudo o que vivemos,
Faça-me acreditar que só lhe fiz mal,
Faça-me desamparada,
Faça-me restos do seu lixo,
Faça-me fracassada,
Faça-me corda da sua forca,
Faça-me assassina do seu conto de fadas,
Faça-me te esquecer,
Faça-me qualquer coisa.

Mas... Por favor...
Faça!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Amor puro. Puro amor.

Ela esticou a mão, sem levantar o rosto.
Apertava firmemente o envelopinho, decorado manualmente com recortes de revista e adesivos infantis.
Ele olhou para o envelope. Olhou para ela. Não viu sua face. Olhou para o envelope. Pegou-o.
Fez-se um silêncio por segundos intermináveis.
Ela levantou o rosto. Um sorriso angelical. Os olhos cheios de lágrimas. A cara de menina com um olhar profundo.
Ele retribui o olhar, apesar de não saber ao certo o que estava acontecendo.
A mãe chamou-a.
Ela olhou-o por um último instante. Intenso. Tomou coragem e lhe deu um beijo na bochecha. Um beijo duradouro.
Afastou-se dele e logo, saiu correndo. Antes de entrar no carro, virou-se pela última vez e acenou.
Os pais puseram as malas no bagageiro, colocaram-na no banco traseiro e deram a partida.
Ele, um tanto perplexo com tudo, abriu o envelopinho, e nele, apenas um papelzinho com um desenho de um coração vermelho, feito em giz de cera, e junto também, uma foto dos dois.
Caiu uma lágrima de seu rosto. Fez um breve sorriso das boa lembranças, seguido de um aperto no peito.
Ele não sabia se a veria novamente. Se, quem sabe um dia, viveriam uma paixão. A única coisa que, incoscientemente e verdadeiramente sabia, é que aquilo era amor.
O amor mais puro que se pode existir.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Chega!

Certo ou Errado.
Quem definiu o que é "certo" ou "errado"?
A mesma sociedade que joga na minha cara o que é ser bonito ou feio???
Porque se for... Prefiro não ouvir... Menosprezo! DESprezo!
É a sociedade burra, que tenta me convencer de que inteligência e conhecimento se mede por diplomas e não por vivência.
E não por experiência.
Realmente, muito mais fácil é, catalogar por certificados em papéis, que por conversas sinceras.
Eu disse catalogar??? É... Infelizmente, chegamos ao ponto de sermos catalogados.
Mas eu não vou ligar para catálogos. Para os catálogos que gritam, me dizendo, que não posso usar camisas azuis com calças laranjas, porque já não combinam.
Que gritam, me dizendo, que para eu ser simpática e estar feliz, é preciso que eu esteja sorrindo.
E nós? Nós nos preocupamos com isso? Colocamos isso como mais um problema dentro do nosso cesto já abarrotado deles?
Quem vai vestir as roupas? Quem vai deixar de falsear o sorriso? Quem não vai aceitar tantas imposições e vai ser diferente de todos, que só querem o comodismo?
EU.
Quem vai dizer-me o que é "certo" ou "errado"?
Eu. E somente eu.
Ah, e desculpe-me sociedade, se a minha atitude não está "correta".

domingo, 4 de setembro de 2011

Viva


No fim tudo vai ficar bem. Eu sei que vai.
Porque se hoje há uma tempestade, é para amanhã você dar mais valor ao mesmo sol que havia ontem, mas que você nem tinha percebido.
Porque agora, o que precisamos é viver, encarar de frente os dias que virão, pois todos serão bons E ruins.
Alguns melhores e outros piores, mas tudo que passa, te deixa melhor, te torna maduro, te faz mais forte.
Chore tudo o que puder, até os olhos incharem.
Ria muito, até perder o fôlego.
Viva. Independente de opiniões, de preceitos e cobranças.
Viva tudo. Viva intensamente. Viva o agora
Você não está certo nem errado. Desde que seja você. Desde que você seja. Desde que seja. Seja.

Coração

São lágrimas.
São marcas de um coração aflito. Apertado. Angustiado.
São emoções confusas e difusas.
Confundidas e misturadas.
Tão distantes, mas ao mesmo tempo tão iguais.
Emoções desordenadas, de um coração que busca se entender pela razão.
Mas a razão é algo que já não existe.
E de tanto se perder, de tanto procurar sem achar, o coração ficou sozinho.
Isolado no seu mundo. Um mundo só de lágrimas.

Paixão de um só


Era como se ela não fosse ela.
Como se fosse um fantoche, em que ele era a mão.
E, submissa às suas vontades,
fez-se escrava, fez-se pequena, fez-se paixão não correspondida.
Duro era olhar com um olhar apaixonado para aquele que só lhe via com indiferença.
Mas a vida é ingrata, e a paixão mais ainda.
E mesmo sabendo, e mesmo lutando contra tudo aquilo,
de nada adiantava! Era tudo em vão.
Pois seu coração dizia: SIM!
E quem é que manda no coração?