quinta-feira, 25 de abril de 2013

Reflexo meu

E num dia aparentemente normal, você me apareceu.
Você me apareceu e fez desse dia um marco.
Completamente fora dos planos.
Completamente de repente.
Apareceu e quebrou com todas as minhas expectativas e programações já desesperançosas.
Intenso como o sol.
Rápido como a luz.
Você.
Me surpreendeu.
Me fez sorrir e me fez rir, por me deixar do jeito que deixou.
Me fez lhe querer mais, lhe ver mais.
E por fim, me fez ser insaciável tua. E você, insaciável meu. Como se nunca fosse o bastante.
Como se as horas ao seu lado fossem minutos e os minutos, segundos.
Hoje quero-lhe todos os dias.
Quero que me queira todos os dias.
Quero-lhe mais do que posso ter.
Quero fazê-lo a prova viva de que sempre me enganei sobre o amor.
Você chegou contradizendo tudo o que eu já havia passado e que eu considerava verdade até então.
Me balançou. Em cheiro, em sentimento, em pensamento.
E agora sorrio por ver alguém tão de corpo, tão de alma, tão de envolvimento e felicidade junto comigo.
Mesmos pensamentos. Mesmos desejos. Mesmas vontades. Amor mesmo?
Eu não sei o que será da gente. Não sei o que acontecerá, quanto tempo durará ou o que disso tudo nos sobrará. Não sei nada além do que desejamos. E sei que o que desejamos é forte e se funde.
Sabe, eu demorei pra escrever sobre você. Muitas vezes tive vontade, inspiração, coceira na mão, mas não queria, evitava... Talvez por tentar racionalizar o que, na verdade, nada tem de racional. Talvez pela frustração sempre vinculada às minhas palavras. Talvez pelos vários textos acompanhados de lágrimas. Talvez... Não sei!
Acho que tinha medo de, de alguma forma, pôr fim a algo que desde o começo me pareceu tão verdadeiro.
Mas enfrentei meus medos, seus medos, nossos medos - como você também faria - e escrevi.
Porque, apesar de não saber o que o futuro nos espera e apesar de ter a consciência de que posso estar só me enganando - mais uma vez, como tantas outras - Apesar dessa possibilidade, estou feliz por ver o quanto nos completamos, o quanto a gente se encaixa e se entende tão bem, mesmo sabendo que é cedo...
Porém, estamos vivendo juntos o que há tempos almejava, podendo mergulhar de cabeça, de corpo e alma, sem medo de não ser correspondida, sem medo de não ser levada à sério. Sem medo. Apenas deixando o tempo seguir seu rumo e o coração as suas batidas.
Obrigada por ser o que é, por me proporcionar tudo o que me proporciona, obrigada por ser motivo de um sorriso meu e de um dia mais feliz, por hoje ser parte da minha vida, e em breve talvez até parte de mim. E, principalmente, obrigada por me dar a liberdade de me deixar ser e viver tudo o que eu preciso.
Obrigada pela reciprocidade. E que assim seja, meu reflexo, meu AMOR.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dessa vez, não como sempre

E de repente você sumiu. Assim. Desapareceu.
Me deixando à mercê das dúvidas sem respostas.
Esperei-o ainda por um tempo... Até ter a certeza de que você de fato havia enjoado do meu sorriso e estava procurando outro, ou até mesmo outros por aí.
Não entendi e confesso que ainda hoje não sei o que lhe levou a esse distanciamento. Apenas agi como sempre faço: tratei de lhe esquecer, de fingir que você nunca representou qualquer coisa pra mim e de dar continuidade à vida. A vida que ainda esperava por sorrisos meus.
O tempo passou, cumpriu seu papel. Novos dias surgiram. Memórias se apagaram. Pessoas passaram. Uma ficou. Na sua vida.
Um dia soube como você estava e pensei: "Podia ser eu. Não é. Mas ele está feliz."
Apesar da sua rejeição pelo meu sorriso, sempre quis lhe ver bem. E mesmo com tudo que havia em mim, fiquei feliz por lhe ver assim e desejei-lhe ainda mais felicidade.
A vida seguiu.
Até o amanhecer de um dia nublado. Um dia desses que ninguém espera nada. Desses que lhe convidam para dar uma volta e pensar na vida. Naquele dia foi diferente, a vida é que pensou na gente e nos fez esbarrar por aí.
Conversamos. Rimos. Me bateu saudade. Pensei no lugar, ao seu lado, já preenchido e que por algum momento poderia ter sido meu e senti saudades do que poderíamos ser hoje.
Mas não éramos, não seríamos mais e eu tinha plena consciência disso.
Talvez você tivesse sentido parte do que eu senti também... Não sei.
Sei que nosso reencontro me fez bem, mesmo me deixando pensativa e me fazendo sentir-me tão longe de tudo.
Porém; fiz o de sempre. Ri do destino e esqueci. Apenas segui meu caminho.
Mal sabia eu que a vida me ganha em teimosia. E esta fez a gente se aproximar de novo. Fez você voltar tão rápida e inesperadamente como quando desaparecera.
E fez você; por algum motivo, me ligar e me deixar do jeito que deixou.
Trocamos idéias, risos, empatia, atração e lembranças. Malditas lembranças!
Agora você fez vir à tona parte do que um dia já esteve aqui.
Sabe, se você veio até aqui só para matar saudades ou rir de tudo o que já aconteceu, saiba que fracassou e está bem longe de ter feito só isso.
E vou lhe falar, fui sincera quando disse que sou contra enganos, traições e que nunca corro atrás de alguém que sei que não pode; nem por um segundo, ser meu. Juro. Acho isso errado.
Mas você me tirou o sono e a noite e lhe aviso que dessa vez não farei como sempre - pois o sempre jamais me levou ao final que desejava - Dessa vez serei errada. Serei o que condeno.
Já quis lhe ter. Ter com todas as letras, em todos os sentidos. Todavia, pela situação atual, eu entendo que não devo nem lhe desejar. Sei disso; porém, é tarde. Não quero estragar sua felicidade, mas você também não tem o direito de interferir na minha.
Agora eu vou lhe tirar o sono também. Nem que seja por um único dia e nunca mais. Depois de me virar do avesso, você me impôs esse encargo, essa necessidade.
Mas eu tenho respeito e aceito se; pelos seus motivos, você não quiser nem isso. Se você fez o que fez, apenas porque queria se divertir um pouco revivendo um passado.
Eu entendo. De verdade.
Entretanto, se foram essas mesmas as suas razões, suma. Como você bem sabe fazer. Prometo que se for vontade sua, posso repetir o de sempre e esquecer tudo mais uma vez. Você só precisa desaparecer, não dar mais nenhum sinal de vida e prometer não esbarrar comigo em lugar algum; para pôr fim a algo que já começou, mas que ainda está no começo.
Não tente outro acordo. São apenas essas as opções.
Ninguém entra na minha casa sem pedir licença, bagunça meu armário sem nem ao menos pretender usar alguma roupa.
Comigo, ou você vem; mesmo que sem perguntar, e bagunça tudo por um bom motivo, uma boa ocasião ou você aparece, mexe em tudo e eu lhe faço voltar para arrumar cada peça de volta no guarda-roupas.
Você já entrou sem bater, já deixou a bagunça aqui pra mim. Agora, apenas decida se quer algum empréstimo meu ou se vai; ao menos, tentar deixar tudo no lugar que estava.