quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Devaneios

Brinco de me confundir.
Quando acho que me conheço, me surpreendo ainda mais com uma nova verdade, que me aparece escancarada, com o sorriso mais cara-de-pau que pode existir, e que sem dó nem piedade me deixa ainda mais longe de conseguir me entender.
Vejo minha consciência tentando iludir meu coração.
Minha razão agora, já é leviana.
Sinto angústias de nenhum sofrimento e nostalgia das lembranças nunca existiram.
Me frusto com histórias inventadas.
Com meus contos de fadas sem final feliz.
Me abalo com ilusões que eu mesma crio. Mesmo sabendo que são só ilusões.
Me perco dentro do meu próprio labirinto, pensando que...
Talvez não passe de um grande invento.
Talvez não passe de um sonho contado, ou de um conto sonhado.
Talvez seja só um borrado de um papel em branco, ou o título de um texto que ainda não foi escrito, talvez nunca seja.
Mas em meio a minha fantasia, faço das minhas loucuras, lucidez. E da minha incerteza, verdade.
E cada vez mais me vejo manipulada por mim mesma, pelos meus devaneios.
Mas ainda assim acredito.
Penso que nenhuma loucura pode ser tão insana quanto a minha própria realidade.