sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Liquidificador de tudo

Crucifixo de meu orgulho soberbo.
Faz de mim impulsiva,
quando nada quero além de satisfação.
Vive o sol que se opõe ao poeta. O poeta faz palavras...
E de mil palavras enchem-se versos.
Coisas nenhumas me mostram raiva, ódio e aborrecimento meus.
Quando sozinha me vejo,
aprendo a viver sem esse sol.
Convivo com meu desespero sarcástico,
que faz de mim pedras numa caixa de tesouros.
Tento. Não consigo. Mudo. Desfaço. E muda, volto a errar.
Mas tenho alma de criança!
Pôr fim, faço um laço com fita dourada e prendo no cabelo.
E saío por aí, feito menina que está sempre feliz.