sábado, 24 de setembro de 2011

Máscaras

São máscaras. Acredite.
São máscaras de alguém sem coração, arrogante, autoconfiante, sem dias ruins.
São máscaras de prepotência, de rancor, de alguém forte.
Mas que bobagem! São só máscaras...
Máscaras de algo que eu mesma quero me fazer acreditar.
Porque esconder, é tão mais fácil que mostrar...
E por muito tempo me escondi de trás delas, acreditando na minha própria mentira.
Jurando ser eu ali. Mas não era.
Não é.
Mas máscaras algum dia acabam, e deixam de esconder nosso fracassos.
E por mais que eu não queira ser o que sou, ou sentir o que sinto, as coisas vêem.
Simplesmente vêem.
É espontâneo, inerente e já não consigo mais aprisionar tanto dentro de mim.
É uma lágrima que cai sem que eu permita.
É uma esperança que insiste em permanecer.
É uma tristeza que tento não sentir.
E minhas máscaras já estão pequenas demais. Velhas demais. Repetidas demais.
E já não consigo mais me enganar como antes.
Me sinto cada vez mais próxima do fim do show e mais longe dos aplausos.
Vejo que está chegando a hora de abandonar o palco e o personagem, e enfrentar os problemas de verdade. Sem textos decorados e sem deixas programadas.
A cada dia sou obrigada a deixar um pouco mais de todas essas máscaras de lado.
Até porque... Elas caem!
E logo, sobrará só eu. Sem máscaras, sem fingimentos, sem esconderijos.
E aí, EU, verei que sou tão fraca, frágil e pequena quanto os outros todos.
Pena que eu ainda tenha medo de tirar a maquiagem e encarar que a perfeição é só no palco, e que a vida da atriz não é tão bonita quanto a da personagem com suas máscaras.

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