sexta-feira, 29 de junho de 2012

Palpitações

Acredito que todo mundo já se apaixonou um dia. Se não, ainda se apaixonará.
A paixão é um dos mais belos espetáculos já inventados, onde todos têm o direito de serem protagonistas e fazer da própria vida, o palco.
Me arriscaria também a dizer, que a felicidade e a tristeza de um apaixonado sejam talvez as mais intensas e também por vezes, as mais efêmeras.
Poros arrepiados, friozinho na barriga, sorriso espontâneo e sem motivos. O poder de sonhar de olhos abertos. Miscelânea de sensações. Do nervosismo gostoso até a saudade aniquiladora. Como é lindo estar apaixonado!
E como é lindo o sofrimento do amante apaixonado!
Diria inclusive, que a tristeza deste é mais poética que a sua felicidade.
Amor e admiração que não se sente. Se vive. E se vive sem esperar nada em troca. Sem muitas oportunidades de escolha e submisso dependente do coração, você se faz amante. E só o deseja bem.
Mas se você vir a se colocar no "fundo do poço" por um amor, se você receber um daqueles nocautes no peito, que deixam como marcas as lágrimas no rosto, apenas adicione esta data àqueles "dias ruins", que passam rápido, assim como o tempo. O mesmo tempo que te faz encantar-se e depois te cura as feridas do encantado findado.
Mas o grande barato disso tudo é poder se apaixonar e se "desapaixonar" quantas vezes for preciso e o tempo permitir. E assim, recomeçar o ciclo, nutrindo por outro alguém sentimentos fortes, quem sabe até, arrebatadores. Sentimentos esses, que sob efeito de nenhuma droga te aflorariam tanto os sentidos quanto o ecstasy da Paixão.
Esteja preparado para o próximo nocaute. Não negue-o. Viva a melancolia, mas sem se deixar abater por completo. Tenha em mente, que se hoje a única consequência que o amor te traz é o choro, amanhã poderá ser o sorriso.

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